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Como surgiu a ideia para a videopoesia: Atravessando versos - Sobre(viver): nascer, comprar e morrer

  • Foto do escritor: Dai Landim
    Dai Landim
  • 28 de jan.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de fev.

A ideia surgiu em 2018, enquanto eu dirigia pela Rodovia dos Metalúrgicos em Volta Redonda, passando por um trecho que me colocava entre o hospital, o shopping e o cemitério. Ao observar essa cena, imaginei que alguém poderia passar a vida inteira sem sair daquele perímetro: nascendo naquele hospital, comprando naquele shopping e, ao morrer, sendo enterrado naquele cemitério. Pensei em como seria triste a vida de alguém limitada a esse pequeno espaço.

Com um pouco mais de reflexão, percebi que, independente de onde vivemos, a vida de qualquer pessoa pode se resumir a nascer, comprar e morrer.

Essa ideia permaneceu comigo enquanto estudava tecnologia, arte, educação e sociedade. Passei a perceber que o mercado, voltado para criar e manter consumidores, está se estruturando em mecanismos de manipulação de massa modernos e potentes. A hiperconexão é nossa força, mas pode ser também nossa destruição.

Imagem: Leonardo Avelino
Imagem: Leonardo Avelino

Foi assim que nasceu o conceito para um curta-metragem poético, conceitual e com linguagem acessível. O projeto busca dialogar sobre o consumismo em uma sociedade conectada, onde consumir se tornou uma atividade disponível 24 horas por dia, potencializada pelas telas que, por sua vez, nos bombardeiam com informações. E esse excesso supera até mesmo nossa capacidade cognitiva de tomar decisões conscientes.

O objetivo do projeto é promover uma discussão acessível sobre consumo consciente. Já que, com a ascensão das compras digitais e o desenvolvimento dos algoritmos de Inteligência Artificial, o consumidor está sempre a um clique de distância do "produto ideal". Na sociedade conectada, somos constantemente pressionados a manter nossa atenção disponível para o consumo, sem tempo para introspecção, como destaca Crary (2016).

Assim buquei combinar música, poesia e artes visuais neste trabalho pouco convencional, nada comercial, mas necessário para nossa conversa.

 
 
 

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